Fotos: Larissa Carmo
terça-feira, 29 de outubro de 2013
A divulgação de fotografias de eventos
Muitos fotógrafos divulgam em sites e
revistas as suas fotografias mais bonitas. Às vezes, com a intenção de divulgar
o seu trabalho, outras vezes apenas compartilhando imagens boas ou inusitadas
com os colegas. Mas será que essa prática está correta? Poderia trazer
algum prejuízo? Os retratados poderiam reclamar?
É proibido utilizar fotografia sem autorização
da pessoa retratada para fins comerciais.
Portanto, se você fotografar
qualquer pessoa, seja fazendo o book dela, seja em um casamento, ou qualquer festa,
e depois utilizar essa fotografia para promover seu negócio, você poderá ser
processado e obrigado a pagar alguma indenização por uso indevido de imagem.
Este trecho de uma decisão
proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo ilustra bem o caso:
A ré publicou a imagem em outro
contexto, em revista especializada direcionada ao mercado de casamentos. Diante
disso, era imprescindível a autorização dos autores, que não ocorreu. Este
fato, por si só, enseja a indenização por danos morais. (Apelação nº 0002536-68.2011.8.26.0011)
Como é possível observar, a
empresa contratada para fotografar o casamento divulgou uma das fotos em
revista especializada e por isso teve de pagar indenização para os noivos,
juntamente com a editora.
Outro caso muito parecido aconteceu
no Distrito Federal. A empresa publicou a fotografia de um casamento em seu
próprio anúncio publicitário e por isso foi condenada ao pagamento de
indenização à noiva:
Inexistiu consentimento da Autora
Recorrida para a exposição contínua da sua fotografia. Registre-se, também, que
a aquiescência para a foto não significaria permissão para divulgá-la em
anúncios de publicidade. O ato de posar para a fotografia não implica autorizar
sua publicação em qualquer meio informativo ou comercial. (Recurso no Juizado
Especial Cível nº 2004.07.1.015594-4)
Novamente em São Paulo, uma
associação de fotógrafos foi contratada para fazer o book de jovem
menor de idade. Uma das fotografias do book foi posteriormente
utilizada em material de propaganda de uma loja de móveis. Nesse caso, a loja
não foi condenada, mas a associação de fotógrafos foi obrigada a pagar
indenização à moça e ainda entregar-lhe os negativos:
DANO MORAL – Responsabilidade
civil – Direito à imagem – Divulgação de fotografias da autora em material de
propaganda, sem autorização expressa – Autorização não comprovada – Indenização
devida – Obrigação na devolução dos negativos (Apelação nº 448.779-4/6-00)
Um último caso interessante,
ocorrido em São Paulo, foi o do retrato de uma cirurgia coronariana utilizado
posteriormente para publicidade de um plano de saúde. A empresa foi obrigada a
indenizar o paciente retratado em razão da utilização da fotografia para fins
comerciais (Apelação nº 124.233-4).
Enfim, o que se extrai dessas
decisões é que, se o fotógrafo quiser utilizar a imagem dos retratados para
qualquer finalidade que possa gerar lucro (além, obviamente, da finalidade para
o qual foi contratado), deverá pedir autorização. Por isso, mantenha contato
com seus clientes e se precisar utilizar uma fotografia deles para publicar em
algum site ou revista, peça autorização. Dificilmente alguém se
negaria a autorizar a publicação de uma bela foto!
Mas, se a fotografia for
utilizada para finalidade evidentemente publicitária, como no caso da loja de
móveis ou do plano de saúde, além de obter autorização, talvez seja necessário
remunerar o retratado por sua participação como modelo. Nesse caso, explique a
situação e negocie com ele!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Aluna da FAT participou de evento internacional de jornalismo investigativo
Texto: Silvia Dantas
A Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro recebeu nos dias 12, 13, 14 e 15 de outubro cerca de 1.500
jornalistas e estudantes de vários países, entre eles a aluna da FAT
Clécia Rocha, durante a 8ª Conferência Global de Jornalismo
Investigativo, o 8º Congresso Internacional da Associação Brasileira
de Jornalismo Investigativo e a 5ª Conferência Latinoamericana de
Periodismo de Investigación.
"Um dos motivos que me atraiu pela
segunda vez a este evento é o dinamismo que o mesmo proporciona. Com a presença
de profissionais que atuam na área no Brasil e em outros países, o encontro
fica atraente e nos motiva", avaliou Clécia. Entre os palestrantes, estavam
os jornalistas Caco Barcelos (Rede Globo), Miriam Leitão (Globo News), Juan
Arias (El País), André Luiz Azevedo (Rede Globo), Clóvis Rossi (Folha de São
Paulo), David Kaplan (Diretor da Global Investigative Network) e Andrew
Jennings, jornalista escocês conhecido pelo trabalho investigativo sobre a
corrupção no Comitê Olímpico Internacional (COI) e na FIFA, etc.
"As temáticas que mais me chamaram
a atenção foram sobre a cobertura em locais de risco, dos Protestos de Junho no
Brasil, a investigação em empresas farmacêuticas e na área de Saúde e as
matérias sobre o crime organizado", explica a aluna. "Garanto que nos
próximos anos, estarei participando do Congresso realizado pela ABRAJI
novamente."
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
PROJETO SERTÃO
Foto: Julia Raquel
Foto: André Oliveira
Fotos: Xiko Melo
Fotos: Uiliane Macedo
Foto: Rosberg Lima
Fotos: Deiselaine Campos
Fotos: Carlos Valadares
Fotografias produzidas pelos alunos do Curso de Comunicação Social da FAT, da disciplina de Fotojornalismo ministrada pelo professor ACM.
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Frase da semana
"Quando o mundo se tornar confuso, me concentrarei em fotografias. Quando as imagens se tornarem inadequadas, me contentarei com o silêncio". Ansel Adams.